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A 2ª edição da Marcha das Vadias será realizada neste sábado, ao meio-dia, no Calçadão de Londrina. A marcha é realizada com o objetivo de combater a violência de gênero sofrida principalmente pelas mulheres. Às 14 horas, os manifestantes devem sair em passeata pelo centro da cidade, empunhando cartazes e faixas.
Uma das organizadoras da marcha, a estudante de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Rafaella Duarte conta que, nesta edição, uma das principais bandeiras da manifestação é o combate ao projeto de lei 487/07, conhecido como Estatuto do Nasciturno. O projeto, de autoria dos deputados Luis Carlos Bassuma (PT) e Miguel Martini (PHS), prevê proteção plena e prioridade absoluta ao embrião desde a concepção até o nascimento, o que veta qualquer tipo de prática abortiva, inclusive aquelas em que a mulher é vítima de estupro. O projeto já foi aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
“Em nenhum momento o estatuto cita a condição da mulher. Para além da defesa do aborto, protestaremos pela manutenção da lei atual. Estamos regredindo com esse projeto de lei”, explica a organizadora. Atualmente, a Justiça aceita o aborto em casos de estupro, quando a gravidez traz riscos de vida à mulher ou em casos de gestação de fetos anencefálicos.
A organização espera a participação de 400 pessoas na marcha, assim como na primeira edição. Está confirmada a presença de representantes de associações de mulheres da cidade e também da Secretaria Municipal da Mulher, que apoia a iniciativa. “Após as críticas de que o movimento era muito fechado, restrito aos universitários, conversamos com as associações de mulheres para explicar o objetivo da marcha e por que lutamos”, disse a organizadora.
O nome pode causar espanto, segundo Rafaella, mas é justamente para mostrar o que o grupo combate. “Lutamos contra essa construção social machista que se tem em torno da mulher, que são taxadas de vadias por seus comportamentos.”
fonte:jl
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