sábado, 29 de junho de 2013

DIVULGADORES DA TELEX FREE REALIZAM CARREATA DE PROTESTO EM APUCARANA

Manifestação ocorre devido a decisão judicial que suspendeu atividades da empresa


Divulgadores da empresa Telexfree, de marketing multi-nível, residentes em Apucarana, sem mobilizam neste sábado para realizar uma carreata de protestos pela vias públicas da área central da cidade. A manifestação acontece devido a uma decisão judicial que suspendeu as atividades da empresa. O grupo se concentrou inicialmente no antigo  Pátio Filadélfia, atual sede do escritório da Telexfree em Apucarana. 
Ontem integrantes da Telexfree fecaharam a BR-101, em Itajaí (SC). Cerca de 50 veículos estavam protestando no local e a fila chegou a 5 quilômetros. Após a chegada da PRF, os veículos foram canalizados para o acostamento e seguiram em carreata.

Insatisfeitos com a situação da empresa Telexfree e temendo prejuízos, divulgadores também fizeram protesto na quinta-feira (27) em frente ao prédio do Ministério Público Estadual do Acre. Eles seguiram em passeata até o Terminal Urbano de Rio Branco. O local foi interditado pelos manifestantes e o trânsito ficou lento na região.

Um dos manifestantes, Italo Costa, que investiu R$ 30 mil na empresa há três meses, diz que os divulgadores pretendem continuar com os manifestos. "Vamos fechar as ruas todos os dias até quebrar essa decisão da justiça de bloquear nossos pagamentos", afirma.

No último dia 18, a juíza Thaís Borges, da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, julgou favorável a medida proposta pelo (MP/AC) para suspender as atividades da Telexfree.

O desembargador do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC) Samoel Evangelista decidiu, no último dia 24, indeferir o pedido de revisão da sentença dos advogados da Telexfree e manteve a liminar.

Processo administrativo - Ontem (28) o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, instaurou processo administrativo contra a empresa Telexfree (Ympactus Comercial Ltda.) por indícios de formação de pirâmide financeira

Segundo informações do Ministério, O DPDC recebeu no início do ano denúncias contra a empresa de vários órgãos estaduais do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, principalmente Procon e Ministério Público do Acre.

A empresa estaria violando princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor, como o dever de transparência e boa-fé nas relações de consumo, além de veicular publicidade enganosa e abusiva.

"A prática de esquemas de pirâmides, além de crime, acarreta danos irreparáveis aos consumidores. As empresas que incorrerem nessas práticas também serão sancionadas com base no Código de Defesa do Consumidor", alertou Amaury Oliva, diretor do DPDC, em nota emitida pelo Ministério.

Se confirmada a prática abusiva, a empresa poderá ser multada em mais de R$ 6 milhões.
. A decisão está em despacho do DPDC publicado no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (28).

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